- Presidente: Itamar Franco
- Ministro: Fernando Henrique Cardoso
- Em 1994 o Presidente Itamar implementa o Plano Real, que representou um
avanço em relação aos planos anteriores, reconhecendo que as principais causas
da inflação brasileira estavam no desequilíbrio do setor público e nos mecanismos
de indexação:
- 1a ETAPA: procurou equilibrar o orçamento público, de um lado, inicialmente por
meio da criação do IPMF e do Fundo Social de Emergência, que desvinculou as
receitas federais das destinações para gastos específicos (posteriormente
substituído pelo Fundo de Estabilização Fiscal).
- 2a ETAPA: processou-se a quase total desindexação da economia, através da
criação de um padrão estável de valor, URV (Unidade Real de Valor).
- 3a ETAPA: Emissão de uma nova moeda nacional com poder aquisitivo estável, o
real.
- O real foi introduzido sem que houvesse um consenso na sociedade de que a
transição já havia sido completada. Em 1o de julho de 1.994, o governo decretou a
Medida Provisória do Plano Real, acusado de render-se a objetivos eleitorais. Para
manter o valor da nova moeda, o governo alterou radicalmente os métodos
empregados para definição da política monetária. Antes, o CMN autorizava as
emissões monetárias, que deveriam ser homologadas, em seguida, pelo
Congresso. Obedecendo à Constituição, a nova política, recentemente
implementada, implicava que o Congresso deveria estabelecer regulamentos e
diretrizes na forma de limites quantitativos rígidos para emissão de moeda, que
poderiam ser alterados pelo CMN somente em 20% e em ocasiões extraordinárias.
- Introdução de um teto para a taxa de câmbio: R$ 1,00 = US$ 1,00.
Após a implantação do plano, durante mais de seis anos, uma grande sequência de reformas estruturais e de gestão pública foram implantandas para dar sustentação a estabilidade econômica, entre elas destacam-se: Privatização de vários setores estatais, o Proer, a criação de agências reguladoras, a Lei de Responsabilidade Fiscal, a liquidação ou venda da maioria dos bancos pertencentes aos governos dos estados, a total renegociação das dívidas de estados e municípios com critérios rigorosos (dívida pública), maior abertura comercial com o exterior, entre outras.